Virgílio frequenta o Tijucas desde 1964,
época em que ele e seu ex-sócio Leopoldo, se mudaram para Curitiba. Os
dois eram muito amigos e dividiam um escritório. O conjunto de duas salas era
perfeito para eles. Enquanto um escrevia, o outro fazia contas. O condomínio
era responsabilidade do Virgílio. E a luz, do Leopoldo. Desde quando Leopoldo
faleceu, há mais ou menos 2 anos, o escritor parou de pagar as contas de luz, porque era encargo do
outro. E trabalha durante o dia, até anoitecer, digitando numa Olivetti modelo 1970,
que não precisa de luz elétrica. Virgílio continua deixando os boletos de reaviso para o
ex-sócio pagar, sobre a mesa. Mas para mim, Leopoldo continua frequentando o
escritório na forma de um fantasma.
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