sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Virgílio e Leopoldo

Virgílio frequenta o Tijucas desde 1964, época em que ele e seu ex-sócio Leopoldo, se mudaram para Curitiba. Os dois eram muito amigos e dividiam um escritório. O conjunto de duas salas era perfeito para eles. Enquanto um escrevia, o outro fazia contas. O condomínio era responsabilidade do Virgílio. E a luz, do Leopoldo. Desde quando Leopoldo faleceu, há mais ou menos 2 anos, o escritor parou de pagar as contas de luz, porque era encargo do outro. E trabalha durante o dia, até anoitecer, digitando numa Olivetti modelo 1970, que não precisa de luz elétrica. Virgílio continua deixando os boletos de reaviso para o ex-sócio pagar, sobre a mesa. Mas para mim, Leopoldo continua frequentando o escritório na forma de um fantasma. 

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